27 de nov. de 2009

Proteja as tartarugas

As tartarugas marinhas:

As tartarugas marinhas surgiram há mais ou menos 150 milhões de anos e conseguiram sobreviver a todas as mudanças ocorridas no planeta ao longo de todo este tempo. Porém, a sua origem foi na terra e, na sua aventura para o mar, evoluíram diferenciando-se de outros répteis.

Assim, o número de suas vértebras diminuiu e as vértebras restantes se fundiram às costelas, formando uma carapaça resistente, embora leve. As tartarugas perderam os dentes, ganharam uma espécie de bico e suas patas se transformaram em nadadeiras. Tudo isso para se adaptarem à vida no mar.

Elas são certamente mais antigas do que se pensava. A descoberta do mais velho fóssil de uma tartaruga marinha trouxe revelações das mais importantes sobre esses répteis, que vivem nos oceanos há mais de 100 milhões de anos. Há 110 milhões (desde o Cretáceo anterior) para ser mais exato.

A localização do mais antigo fóssil de tartaruga marinha no município de Santana do Cariri, na Chapada do Araripe, no interior do Ceará, permitiu corrigir a data do surgimento do animal, aumentando-a em 10 milhões de anos. A descoberta foi revelada por Ren Hirayama, paleontólogo e professor de Geologia da Universidade de Teikyo Heisei, no Japão.

O fóssil de apenas 20 cm de comprimento, chamado de Santanachelys gaffneyi, chegou as mãos do pesquisador japonês em 1992. Ele levou 3 anos, usando técnicas especiais, até chegar ao esqueleto da tartaruga.

Estudos preliminares indicam que o fóssil recém-descoberto não é muito diferente de suas primas mais distantes que nadam atualmente pelos oceanos terrestres. Portanto, o animal mudou muito pouco nesses milhões de anos.

Existem 8 espécies no planeta:

 "Como os répteis em geral, as tartarugas marinhas sofreram pouquíssimas alterações morfológicas, mesmo vivendo em um planeta que passou por terríveis e, às vezes, fatais transformações climáticas e geológicas.

 Elas pertencem a uma espécie animal muito bem adaptada à vida na terra."

Só para ter uma idéia de sua longetividade, os dinossauros, por exemplo, sumiram do mapa há 65 milhões de anos. As tartarugas no entanto, graças em parte à proteção de suas cascas, não somente escaparam como se adaptaram à vida no planeta de tal forma que podem ser encontradas em quase todos os recantos do mundo incluindo o Brasil e com excessão das regiões cobertas de gelo. E continuam resistindo bravamente.

As tartarugas marinhas podem medir 2 m de comprimento e chegar a pesar até 600 kg. Elas vivem em águas tropicais e estão mais adaptadas às águas frias devido a sua derme grossa e oleosa. Elas possuem extremamente desenvolvidos os sentidos da visão, do olfato e da audição, além de terem um senso de orientação impressionante.

A característica mais marcante da tartaruga de couro, por exemplo, é a consistência de sua carapaça que não é constituída de placas ósseas, mas sim recoberta por uma pele grossa e coriácea (semelhante ao couro).

As tartarugas-marinhas se alimentam basicamente de águas-vivas e de sua fauna acompanhante. Infelizmente, elas confundem sacos plásticos ou celofane com águas-vivas e correm o risco de morrerem por indigestão. Utiliza as patas como nadadeiras e nada a uma velocidade de 20 km/h.

A espécie de tartaruga verde se alimenta de algas e, por isso, é encontrada em grande quantidade no litoral brasileiro. Quando atinge a idade adulta, ou seja, 20 a 25 anos, a espécie vive dispersa na imensidão dos mares e sabe exatamente o momento e o local da reunião para reprodução. Nessa época, as tartarugas verdes viajam longas distâncias para retornarem às ilhas oceânicas onde nasceram para iniciar a desova.

 O filhote de tartaruga tem todas as unhas, mas ele as perde quando se torna adulto. Apenas o macho conserva uma unha, grande e recurvada, com a qual ele se agarra às costas da fêmea durante o acasalamento. Isto é necessário porque o acasalamento ocorre enquanto as tartarugas nadam.

 A fêmea escolhe um entre vários machos. A cópula dura várias horas, a fecundação é interna e uma fêmea pode ser fecundada por vários machos.

 Em geral, as fêmeas desovam de 4 a 6 vezes por temporada, com 61 a 126 ovos por ninho. Porém, mais da metade do ninho consiste de ovos não férteis. A incubação varia de 50 a 78 dias e a temperatura ideal é em torno de 29º C.

A ilha de Trindade é o maior ponto de desova da tartaruga verde no Brasil. As tartarugas tomam conta das praias para depositarem os seus ovos. Nas praias da Tartaruga e de Andradas, a areia é totalmente moldada por grande buracos, cada um com mais ou menos 2 metros de diâmetro, feitos pelas fêmeas para abrigar seus ninhos.

A luta pela sobrevivência da espécie impressiona e comove. Estima-se que, de cada mil tartarugas nascidas, apenas uma ou duas chegarão à idade adulta.

O governo Federal norte-americano listou a tartaruga-de-couro como em extinção mundial. A estimativa atual é de que existam apenas de 20 mil a 30 mil tartarugas de couro fêmeas em todo o mundo.

 Tamar :

O Projeto Tamar funciona há 21 anos e atua em 20 bases distribuídas por oito Estados da costa brasileira. A principal função do projeto é pesquisar o comportamento e elaborar ações para preservar as espécies, que servem para orientar o homem na redução dos efeitos nocivos no ambiente em que vivem os animais, como a pesca, a iluminação artificial e o tráfego de veículos nas áreas de desova.

 Para facilitar as pesquisas, as tartarugas encontradas na costa são marcadas com grampos de identificação, possibilitando o acompanhamento do crescimento e das rotas do animal.

Nas principais bases, pontos de desova e de alimentação, o Tamar mantém algumas espécies em cativeiro, que servem para estudos e principalmente para divulgação da importância do projeto e a conscientização da comunidade.

 Se na água, depois de uma certa idade, elas praticamente não têm predadores naturais, ao contrário em terra, encontram seus piores inimigos: o homem.

Quando vêm à praia para depositarem seus ovos, podem ser mortas e virar sopa, uma iguaria apreciada em várias regiões. E não é só: os ovos, de gosto muito forte, podem se transformar em omeletes com altos poderes afrodisíacos.

Também são caçados pelas propriedades de sua carapaça, armações de óculos feitas com o casco da tartaruga-de-pente (Eritmochelys imbricata, por exemplo, chegam a valer de 3 a 4 mil dólares.

 E mesmo em alto mar elas não estão a salvo. A tartaruga gigante (Dermochelys cariacea), por exemplo, é vítima da poluição. Muitas confundem sacos plásticos com água-viva, sua refeição predileta, e acabam engolindo a embalagem e morrendo sufocadas. Outras são vítimas das redes de pesca, principalmente de camarão. Presas, não conseguem subir à tona para respirar, e se afogam. Por tudo isso, o homem conseguiu a proeza de colocar as 8 espécies de tartarugas marinhas existentes, na lista dos animais em extinção.

Para mantê-las vivas, dezenas de entidades ambientalistas, como o Projeto Tartarugas marinhas (Tamar), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), procuram proteger os ninhos e criar leis que defendam esses animais da morte.

Por exemplo desde maio de 1994, todas as redes de pesca de arrasto de camarão devem, por lei, adotar um "dispositivo de exclusão de tartarugas" (DET). Esse equipamento consiste na abertura de uma grade de metal, instalada no interior do corpo da rede, para permitir que a tartaruga escape. O camarão pescado nestas condições pode ser comercializado com o certificado Turtle Safe (tartaruga salva).

 Período de desova, o nascimento dos filhotes e a vida adulta

A única oportunidade em que uma tartaruga marinha pode ser observada é quando chega o período da desova. Entre os meses de setembro e janeiro, as fêmeas saem da água e vêm enterrar os ovos na praia. Depois de escolher o lugar do ninho ela limpa a areia e demarca o que os pesquisadores chamam de cama - uma área de areia de aproximadamente dois metros quadrados.

 Só depois é que começa a cavar o ninho com as nadadeiras anteriores. No fundo, a cerca de 1m de profundidade, ela depositará de 100 a 120 ovos, cada um com o tamanho aproximado de uma bolinha de ping-pong. Quando termina a desova a tartaruga tampa o buraco com areia, usando as nadadeiras, compacta a abertura com o próprio corpo e retorna vagarosamente para a água.

Dentro da água as tartarugas são muito ariscas. Só pesquisadores experientes e ágeis conseguem capturá-las.

Depois de 45 a 60 dias os ovos começam a eclodir. Os filhotes nascem com aproximadamente 5cm de carapaça e 15g de peso e para chegarem à superfície, terão que escalar, uns sobre os outros, a distância que os separa da abertura.

 Depois de 2 dias, quando emergem parace um formigueiro. Todos os filhotinhos saem de uma só vez, é como se brotasse tartaruga da areia.

Desprotegidos e indefesos, eles ficam a mercê dos predadores.

O caminho entre o ninho e o mar é um campo minado. Nas praias virgens, os filhotes são devorados por aves, lagartos e caranguejos. Os que conseguem escapar partem desesperados para a água do mar, mas nem lá estarão totalmente a salvo.

 Outros predadores os aguardam sequiosamente.

As tartaruguinhas recém-nascidas têm energia acumulada suficiente para nadar pelo menos 24 horas sem parar, até encontrar um local seguro e farto em alimento. Os pesquisadores supõem que de cada mil filhotes apenas um ou dois irão chegar à idade adulta.

Do nascimento até a vida adulta, quando as tartarugas atingem a maturidade sexual, não se sabe exatamente o que acontece com elas. Esse período, que pode ser de dez ou mais, intriga os pesquisadores, e é historicamente conhecido como "ano perdido". Uma das coisas que se sabe é que as fêmeas, quando adultas, voltarão às mesmas praias onde nasceram, para desovar.

 Como elas conseguem reconhecer o local exato, é outra questão que permanece mergulhada em denso mistério.

Os cientistas supõem que os bichos tenham um olfato extremamente desenvolvido para reconhecer o cheiro da areia. Pode ser. Mas há também outras possíveis explicações. Segundo uma delas, os animais se orientariam pela posição da Lua e das estrelas. A descoberta de partículas de ferro no cérebro das tartarugas ensejou outra teoria: elas se orientam por meio de um campo magnético, como as aves. O fato pode ser comprovado pelas rotas migratórias que elas empreendem pelos oceanos do planeta.

A vida dos machos e o comportamento das tartarugas marinhas

 A vida dos machos é ainda mais difícil de acompanhar. "Dificilmente eles são vistos", afirma Paulin. "Além disso, só é possível diferenciar os sexos na fase adulta, quando eles apresentam um longo rabo e desenvolvem unhas que servem para enganchar na carapaça da fêmea e manter-se sobre ela durante a cópula. Uma vez apoiado, o macho, com a ajuda da cauda, introduz o pênis em sua cloaca", revela a pesquisadora.

Um tipo de comportamento das tartarugas marinhas chama a atenção pela singularidade e também por ser ainda incompreensível para os cientistas.

 O fenômeno ocorre com os animais do gênero Lepidochelys, comuns no Caribe, e é conhecido como arribada (chegada, em espanhol).

Durante três dias e três noites consecutivas, milhares de tartarugas marinhas fêmeas, de aproximadamente 30 a 40 cm, sobem à praia simultaneamente para desovar. "Parece um frenesi". Num trecho de apenas 8 ou 10 Km de extensão, dezenas de milhares de fêmeas desovam ao mesmo tempo. Na confusão uma coloca seus ovos sobre o ninho das outras. Centenas de ovos se quebram, produzindo um odor insuportável.

 O fenômeno ocorre entre os meses de junho e julho (verão no hemisfério norte) e ocorre em apenas três regiões específicas do planeta: uma no México, outra na Costa Rica e a última na Índia.

Entender mais sobre o comportamento e hábitos desse misteriosos animais é um desafio constante para os pesquisadores em todo o mundo. A tenaz persistência dos cientistas entretanto, é mais que justificável: sua missão é retirar todas as oito espécies de tartarugas marinhas da indesejável relação dos animais em risco de extinção. Logo elas, que são um dos animais mais antigos do planeta.

Fonte: educar.sc.usp.br

 As tartarugas marinhas nadam a mais de 20 quilômetros por hora. A temperatura do corpo também influi no ritmo da tartaruga. No inverno, o animal fica ainda mais lento.

Têm extremamente desenvolvidos a visão, o olfato e a audição, além de uma fantástica capacidade de orientação.

O ciclo de reprodução das tartarugas pode se repetir em intervalos de 1, 2 ou 3 anos, variando conforme a espécie e condições ambientais.

O acasalamento ocorre no mar. A fêmea escolhe um entre vários machos. A cópula dura várias horas, a fecundação é interna e uma fêmea pode ser fecundada por vários machos.

Uma mesma fêmea pode realizar de 3 a 5 desovas por temporada , com intervalos médios de 10 a 15 dias, cada uma com 130 ovos em média.

 A maior tartaruga marinha, a alaúde, consegue colocar 100 ovos em apenas dez minutos.

Em 2005, uma tartaruga marinha gigante das ilhas de Galápagos foi apontada pelos cientistas como o animal vivo mais antigo do planeta. Harriet, como é chamada, tem 175 anos e pode ter sido um dos exemplares analisados pelo cientista britânico Charles Darwin em 1835, em sua expedição ao arquipélago.

 Fonte: www.guiadoscuriosos.com.br

As tartarugas marinhas são vertebrados da ordem dos répteis, pertencentes ao grupo dos quelônios. Possuem caracteristicamente o corpo coberto por escamas e uma carapaça óssea a qual funde-se à coluna vertebral.

O grupo dos quelônios marinhos tem uma origem muito antiga e não apresenta modificações biológicas significativas nos últimos cento e oitenta milhões de anos. Portanto, os ancestrais das tartarugas marinhas atuais são contemporâneos dos dinossauros que, por motivos ainda não muito claros, foram extintos da face da Terra.

As tartarugas marinhas têm um corpo bastante adaptado para a vida no mar, onde as principais características são o desenvolvimento de uma forma hidrodinâmica do corpo, o qual é comprimido dorso-ventralmente; patas dianteiras e traseiras transformadas em remos, permitindo uma natação eficiente; excreção do excesso de sal ingerido com a água do mar e alimento através de glândulas especiais situadas na cabeça, os quais se abrem nas narinas.


A respiração é feita por pulmões e por isso, após cada mergulho (o qual pode ser bastante longo) as tartarugas necessitam vir à tona para respirar. Sabe-se que, por causa desta necessidade, centenas de tartarugas morrem todos os anos asfixiadas,presas a redes de pescadores em todo o mundo.

São animais ovíparos, botam seus ovos em terra, na areia das praias, fora do alcance das marés. A maturidade sexual ocorre em torno dos 15 anos de vida. Fêmeas são fecundadas pelos machos nas águas próximas à costa e a liberação dos ovos é escalonada, com uma média total de 400 a 500 ovos postos por estação, durante os meses de verão.

No Brasil, desovam de novembro a março, e regiões como Praia dos Tamoios (Espírito Santo), Santa Isabel (Alagoas), Fernando de Noronha e Lençóis Maranhenses (Maranhão) são consideradas primordiais para a manutenção das espécies que ocorrem na nossa costa. De todos os ovos postos, um máximo de 10 % sobreviverão à ação predatória de peixes, aves, caranguejos, mamíferos, inclusive do próprio homem, e chegarão à idade adulta.

A maioria das tartarugas marinhas é carnívora, alimentando-se de invertebrados e peixes. A tartaruga verde, quando adulta é essencialmente herbívora, mas consome animais e algas quando na fase imatura.

Algumas espécies de tartarugas marinhas podem ter grandes dimensões quando adultas, atingindo até mais de 800 Kg, como no caso da Tartaruga de Couro, ou 350 Kg (Tartaruga Verde)

As espécies de tartarugas presentes nos oceanos são 7, sendo que 5 delas ocorrem em águas brasileiras:

  • Tartaruga verde - Quelonia mydas
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  • Tartaruga olivácea - Lepidochelys olivacea
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  • Tartaruga de pente - Eretmochelys imbricata
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  • Tartaruga careta - Caretta caretta
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  • Tartaruga de couro - Dermochelys coriacea
 Fonte: www.etall.hpg.ig.com.br

 As tartarugas marinhas estão entre os animais mais antigos do planeta. Elas existem há mais de 150 milhões de anos, e conseguiram sobreviver a todas as mudanças registradas no globo terrestre durante esse período. Originalmente, esses animais eram encontrados em terra firme, como outros répteis. Porém, com as mudanças sofridas ao longo dos anos, migraram para o mar, alterando também algumas características de seu corpo. O número de vértebras, por exemplo, diminuiu. Mesmo as que restaram não ficaram imutáveis, fundindo-se às costelas, formando uma carapaça resistente e leve. As tartarugas também perderam os dentes, ganhando uma espécie de bico, enquanto suas patas se transformaram em nadadeiras.

 Algumas tartarugas marinhas chegam a viver mais de 100 anos. Mas por serem espécies que migram entre oceanos, nascendo e vivendo em áreas diferentes, o conhecimento científico de sua ecologia é bastante difícil. Sabe-se, no entanto, que das sete espécies catalogadas no mundo, todas estão ameaçadas de extinção.

 Das espécies existentes, cinco usam o litoral brasileiro como área de desova ou de alimentação (cabeçuda, de pente, verde, oliva e gigante ou de couro). Particularmente no Brasil as maiores ameaças às tartarugas foram a caça empreendida pelas populações costeiras que capturam e matam o animal aproveitando-se do momento da desova, levando também os seus ovos, além da ocupação irregular do litoral. Inúmeras tartarugas também morrem em malhas de pesca nos locais de alimentação e desovas das espécies. A pesca incidental, a poluição dos oceanos e as doenças contagiosas como a fibropapilomatoses são atualmente as principais ameaças para a sobrevivência destes animais.

 As tartarugas não são animais de cérebro evoluído, mas têm a visão, o olfato e a audição extremamente desenvolvidos. Além disso, contam com uma impressionante capacidade de orientação, que faz com que, mesmo vivendo dispersas nos oceanos, saibam o momento e o local de reunir-se para a reprodução. Por serem espécies migratórias são considerados recursos compartilhados e protegidos por convenções internacionais.

O Projeto Tamar/Ibama, criado em 1980, é responsável pelas ações de conservação e pesquisa das tartarugas marinhas e o maior programa de conservação brasileiro.

O acasalamento ocorre no mar, quando machos e fêmeas se encontram para o período reprodutivo. A reprodução no litoral brasileiro ocorre entre os meses de setembro a fevereiro e entre dezembro e maio nas ilhas oceânicas. Uma fêmea pode realizar de três a cinco desovas por temporada , com intervalos médios de 10 a 15 dias, cada uma com cerca de 120 ovos, em média. Os filhotes nascem cerca de 50 dias após a postura dos ovos, incubadas pelo calor do sol.

 As espécies que podem ser encontradas no Brasil são as seguintes:

 Tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta):

Uma das principais características desta espécie é o tamanho avantajado da cabeça, proporcionalmente maior que a das outras espécies. A cabeça da tartaruga-cabeçuda chega a medir 25 centímetros, enquanto seu casco mede aproximadamente um metro e pesa cerca de 200 quilos. Esta é a espécie que faz o maior número de desovas nas praias do Brasil, procurando preferencialmente as praias do norte do Rio de Janeiro, da Bahia, Espírito Santo e Sergipe. Esta espécie de dorso marrom e ventre amarelado se alimenta principalmente de peixes, camarões, caramujos e algas. Graças à força de suas potentes mandíbulas, consegue triturar as conchas e carapaças de moluscos e crustáceos. O declínio no número de indivíduos da espécie em todo o mundo foi causado principalmente pela pesca intencional e acidental (em redes de pesca armadas para capturar outras espécies), perda de habitat por causa do desenvolvimento de áreas costeiras e desorientação causada pela iluminação artificial em algumas áreas costeiras.

Tartaruga-de-Pente (Eretmochelys imbricata):

A tartaruga de pente, também chamada de tartaruga verdadeira ou legítima, tem o casco formado por escamas marrons e amarelas, sobrepostas como as telhas de um telhado. Esse casco, que pode medir até um metro de comprimento e pesar 150 quilos, era utilizado na fabricação de pentes e armações de óculos, dando assim o peculiar nome popular à tartaruga. Além do casco, outra característica marcante da espécie é a boca, que lembra o formato de um bico de gavião. A tartaruga de pente alimenta-se principalmente em áreas de recifes marinhos costeiros de esponjas, ouriços, peixes, etc., sendo encontrada em todo o litoral do Nordeste. A principal área de desova da tartaruga-de-pente se encontra no litoral norte baiano. A espécie sempre foi muito caçada devido ao uso do casco para a fabricação de jóias. Graças às restrições impostas pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES), os níveis globais de caça e comércio da espécie caíram. No entanto, continua sendo uma das espécies mais ameaçadas de extinção no mundo todo.

 Tartaruga Verde (Chelonia mydas):

A tartaruga verde recebe esse nome por causa de seu casco, de coloração castanho esverdeada ou acinzentada, medindo cerca de 1,20m. Também chamada de aruanã, esta tartaruga alimenta-se apenas de algas, pesando em média 300 quilos. Jovens desta espécie podem ser encontrados ao longo de todo o litoral brasileiro, mas os adultos preferem ilhas oceânicas, como a ilha da Trindade (ES), o Atol das Rocas (RN) e o Arquipélago de Fernando de Noronha (PE) para desovar. O comércio internacional de tartarugas verdes é proibido, mas a captura ilegal para o consumo local ainda é registrada em diversas partes do mundo.

Tartaruga Oliva (Lepidochelys olivacea):

Com o casco de cor cinza esverdeada, a tartaruga oliva é a menor de todas as tartarugas marinhas, medindo cerca de 60 centímetros e pesando em torno de 60 quilos. Sua alimentação é baseada em peixes, moluscos, crustáceos. Seu apetite por uma grande variedade de alimentos acaba fazendo com que às vezes coma produtos não-adequados à sua dieta, como sacos plásticos e pedaços de isopor jogados fora pelos seres humanos. No Brasil, a maior concentração da espécie acontece no litoral de Sergipe.

Tartaruga Gigante ou de Couro (Dermochelys coriacea):
A tartaruga gigante é a maior espécie de tartaruga marinha conhecida, podendo medir até dois metros de comprimento de casco e pesar 700 quilos. Já foi encontrada inclusive uma tartaruga desta espécie que pesava 900 quilos! O casco da tartaruga gigante é preto, com alguns pontos azuis. Por causa da consistência desse casco, menos rígido que o de outras espécies, esta tartaruga também é conhecida como tartaruga de couro. Esta espécie também destaca-se pelas grandes nadadeiras frontais, que a tornam excelente nadadora, capaz de locomover-se por longas distâncias. Sua alimentação é baseada principalmente em ctenóforos e cnidários (águas-vivas). A tartaruga gigante prefere viver em alto mar (ambiente pelágico), aproximando-se da costa apenas para a desova. Poucas fêmeas desta espécie se aventuram em solo brasileiro, fazendo a desova em praias do litoral norte do Espírito Santo. É a espécie mais ameaçada no litoral brasileiro.

 Fonte: wwfbrasil.org.br


22 de nov. de 2009

Homem X Enchentes

As enchentes são fenômenos naturais que acontecem em todos os rios.

Na época das chuvas - que ocorre geralmente durante o verão, no sul do Brasil, e durante o inverno, na região norte - os rios enchem e alagam as terras em redor, chamadas áreas naturais de inundação. Isso é bom, porque a água deixa a terra mais fértil para o plantio. Mas a ação do homem mudou o curso natural das coisas...

Antigamente, antes de as cidades se formarem, a água entrava toda na terra. Quando o homem começou a tirar a vegetação e construir casas nas margens dos rios, as enchentes viraram um problemão. Sem as raízes das árvores, que funcionam como esponjas que seguram a água no solo, o volume de água que volta para os rios aumenta muito, e o risco de acontecer uma enchente "desastrosa" aumenta junto. As coisas pioraram nas cidades, porque os prédios, casas e o asfalto que recobre as ruas tapam o caminho da água até a terra, a chamada "impermeabilização do solo".

O lixo jogado nas ruas também contribui para os alagamentos, porque entope os bueiros e faz os córregos transbordarem.

Quando isso acontece, as pessoas correm maior risco de pegar doenças, já que as águas sobem e carregam esses detritos para ruas e casas, junto com urina de ratos (que provoca uma doença grave chamada leptospirose). Nessas águas estão também os esgotos não canalizados, que em muitas cidades do Brasil são despejados a céu aberto nos córregos, sem nenhum tratamento.

Fonte: Canal Kids, via internet

20 de nov. de 2009

Protegendo o Ambiente.

Por que devemos proteger o meio ambiente??

  • Sem os rios, mares e lagoas não teremos mais água, os animais ficarão com sede e morrerão
  • A maioria dos animais vivem no mar, rios e lagos e precisam deles para sobreviver.
  • Tudo começou no mar e alguns se adaptaram a vida terrestre.
  • Com o derretimento das calotas polares, alguns animais não vivem na água, ficarão sem alimento para caçar e comer seu alimento, ficarão com fome.
  • haverá guerra de comida, todos comerão a si proprio, não terá gerações futuras.
  • Poluir os mares mata os animais e toxica quem come-lo.
  • Não comeremos peixes, molucos e vertebrados, os rios e mares estão tão poluidos que teremos nojo de comer.
  • Não terá água potável.
  • Quando abrirão um peixe terá lixo dentro dele.....
  • Derrubar àrvores, não terá mais sombra...
  • Antigamente no Nordeste só tinha água, agora nem a terra aguenta e racha.
  • Nos lugares que precisará de água, não choverá e nos lugares que não precisa de água terá muita água.
  • A enchente é causada pelo lixo!!!!!!!!
  • A enchente é causada por muito prédios e casas...
  • A enchente é caudada por desmatamento ilegal... 
  • A poluição do ar faz mal para saúde.
  • A fumaça é como fumasse 5 maços ou mais por dia!
  • Poluir o ambiente causa problemas de saúde.
Por que poluir o ambiente?
Por que não proteger?
Por que agora se importam com isso?
Por que não antes?

Agora só pensam em proteger o ambiente por que ela está acabando.......

Agora só fazer sua parte.

18 de nov. de 2009

SOS Praias adverte:

Quem já não leu essa reportagem estrememente importante sobre jogar bituca de cigarro em vias publicas? Vou reforçar mais sobre esse assunto!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Comprovadamente, o cigarro foi a pior invenção do homem. Considerada a maior arma química de destruição em massa, existe uma estimativa, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), de que no ano de 2020, o tabaco irá causar a morte de 10 milhões de pessoas.

Um dos produtos de consumo mais vendidos no mundo, o cigarro comanda legiões de compradores leais e tem um mercado em rápida expansão. Satisfeitos, os fabricantes comemoram o resultado de suas vendas, esquecendo de um detalhe: seus consumidores morrem um por um.

O tabagismo constitui-se em sério problema para a vida de seus usuários, afetando em muito a saúde dos fumantes, bem como das pessoas que com eles convivem em ambientes poluídos pela fumaça. Como se não bastasse o mal que causa às pessoas, o cigarro também prejudica o meio ambiente.

Muitos viciados acabam adquirindo o péssimo hábito jogar as pontas do cigarro em vias públicas. Com até setecentos aditivos usados em sua fabricação, esses filtros são extremamente prejudiciais à natureza. Segundo o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, o IBAMA, as pontas de cigarros acessas podem provocar queimadas e matar animais que as ingerem.

Preocupada com a quantidade de bitucas e lixos acumulados nas praias, a ong SOS Praias Brasil saiu mais uma vez em seu motorhome rumo às praias do Guarujá. Dessa vez, o objetivo foi de conscientizar as pessoas que assistiam a etapa de abertura do Circuito Petrobrás de Surfe Feminino, que aconteceu no último final de semana, na praia de Pitangueiras.

Foram realizadas gincanas ecológicas, na qual, não só as crianças participaram, mas também mulheres, homens, adolescentes, além da equipe da Petrobrás e da Vigor, patrocinadores do evento. A presidente da ong, Heloisa Azevedo, ficou muito feliz com o resultado. “Foram retirados cerca de 4 mil filtros de cigarro da areia, entre outros micro lixos”, comemora.

Aliado ao trabalho de conscientização, o casal, juntamente com as crianças, criam brinquedos com latinhas, canudos, tampinhas e palitos de sorvete recolhidos durante o evento. Após as gincanas realizadas, os participantes recebem brindes distribuídos pelos apoiadores.

Voluntária – Além de todas as pessoas que colaboraram na limpeza da praia, a SOS Praias ganhou uma importante ajuda durante todo o evento. A universitária Thãmily Massari, 21 anos, estava assistindo o campeonato e decidiu cooperar com o casal Heloisa e Marcelo Marinello.

Homem Bituca - Por todas as praias que percorre, Marcelo Marinello se transforma no Homem Bituca. Fantasiado, ele aborda as pessoas e distribui cinzeiros ecológicos, o Ecotray, contendo folhetos informativos sobre como usá-lo e os diversos danos causados pelos filtros de cigarros. Estudos realizados por biólogos mostraram que peixes, tartarugas, golfinhos e outros animais marinhos estão ingerindo tais coisas levando-os a morte por asfixia.

A SOS Praias Brasil conta com a parceria de empresas que valorizam a importância da preservação e respeito pela natureza como a Tent Beach, HD, Oakley e Abril. Quem abraçou recentemente a iniciativa da ong foram as empresas: Rip Curl e TF Rocket Shaper.

Publicada em 28/04/2006
Autor: Ellen Trinanes


Figura 1: Bituca de cigarro

13 de nov. de 2009

Rios e Lagos

Não são apenas os mares que devemos proteger, os rios e lagos tambem devem ter o total atenção! Existe vida nas águas doces, e devemos preserva-la!
Foto tirada no Projeto Tamar em Ubatuba:


Lixo encontrado no mar

8 de nov. de 2009

Atenção ao lixo

Lixo tóxico:
Muito do lixo é tóxico. Lixo tóxico inclui pilhas e baterias, que contém ácidos e metais pesados em sua composição, certos tipos de tinta (como aquela usada nas impressoras), além de residuos industriais. Lixo tóxico precisa receber tratamento adequado, ou pode causar sérios danos ambientais e/ou à saúde de muitas pessoas.

Pilhas: Com a retirada de alguns metais pesados presentes na sua composição, como mercúrio, cádmio e chumbo, as pilhas comuns e alcalinas podem ser depositadas no lixo orgânico. As pilhas recarregáveis devem ser devolvidas para o fabricante ou à loja em que foi realizada a compra.

Baterias de celular e computador: O correto é devolver as baterias de celulares nas lojas que vendem aparelhos celulares. Eles recebem esse tipo de material. O mesmo deve ser feito com as baterias de notebooks.

Para onde devemos encaminhar estes materiais:

Empresa Como proceder Informações:

Ericsson - Recolherá as baterias da própria marca Entregar nas lojas da marca ou nos postos de assistência técnica 0800-174444

Gradiente - Recolherá as baterias da própria marca Entregar pelo correio, em um envelope especial (11) 814-8222

LG - Ainda não tem um plano determinado - 0800-171514

Motorola - Recolherá as baterias da própria marca Entregar nas lojas da marca ou nos postos autorizados 0800-121244

Nokia - Ainda não tem um plano determinado - (11) 3039-3443
aceita ligação a cobrar

Philips - Recolherá as baterias da própria marca Entregar nas lojas da marca ou nos postos de assistência técnica 0800-123123

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De acordo com a Constituição Federal de 1988 Art. 225 “Do Meio Ambiente”:

Atenção ao lixo Hospitalar:

Resíduo hospitalar é o nome que se dá aos resíduos originários de ações em hospitais. São divididos em:


Resíduos sólidos: resíduos em estado sólido ou semi-sólido e líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos.

Resíduos do grupo A (apresentam risco devido à presença de agentes biológicos):

Sangue e hemoderivados.

Excreções, secreções e líquidos orgânicos.

Meios de cultura.

Tecidos, órgãos, fetos e peças anatômicas.

Filtros de gases aspirados de áreas contaminadas.

Resíduos advindos de área de isolamento.

Resíduos alimentares de área de isolamento.

Resíduos de laboratório de análises clínicas.

Resíduos de unidade de atendimento ambiental.

Resíduos de sanitário de unidades de internação.

Objetos perfurocortantes provenientes de estabelecimentos prestadores de serviços de saúde.

Os estabelecimentos deverão ter um responsável técnico, devidamente registrado em conselho profissional, para o gerenciamento de seus resíduos.

Resíduos sólidos do grupo A deverão ser acondicionados em sacos plásticos grossos, brancos leitosos e resistentes com simbologia de substância infectante. Devem ser esterilizados ou incinerados.

Os perfurocortantes deverão ser acondicionados em recipientes rígidos, estanques, vedados e identificados com a simbologia de substância infectante.

Os resíduos sólidos do grupo A não poderão ser reciclados.

Os restos alimentares in natura não poderão ser encaminhados para a alimentação de animais

Especiais:

Radioativos compostos por materiais diversos, expostos à radiação; resíduos farmacêuticos, como medicamentos vencidos e contaminados; e resíduos químicos perigosos (tóxicos, corrosivos, inflamáveis, mercúrio). Os resíduos hospitalares são os res produzidos em unidades de prestação de cuidados de saúde em seres humanos ou em animais. Também são resíduos hospitalares os provenientes dos laboratórias de análise e dos centros de investigação cientificas que trabalham na áres das saúde.

Comuns:

Lixo administrativo, limpeza de jardins e pátios, resto de preparo de alimentos.

(tirados da internet)

5 de nov. de 2009

O que fazer com o lixo?

Aqui está a resposta para sua dúvida:

  • Restos de comida: Transformar em adubo, tambem chamado mnhocários caseiros.
  • Oleo de cozinha: Transformá-lo em sabão, ou leva-lo em lojas especializadas para reciclagem de óleo para combustível.
  • Móveis e entulhos: Alugar uma caçamba a uns pontos da cidade, doações para pessoas que precisam.
  • Celulares, baterias,carregadores, e pilhas: Levar a alguma lohja responsável a reciclagem.
  • Remédios e seringas: Os vidrinhos vazios e bem lavados podem ir a um cesto comum.
  • Remédios vencidos e seringas, ser levados para incerneração em hospitais e centro de saúde.
  • Pneus velhos: Levar a alguma loja que receba, transformando em solado de sapato e borracha de vedação.
  • Lampadas usadas: Levar alguma loga que recicla vidros, para trasforma-los em pastilha e materiais de construção, em aterros comuns.
  • Eletrodoméstico:Podem ser doados ou levados para o aterro sanitários.
  • Isopores: Podem ser reutilizados e recilcado.    


Figura 1: Lixo no mar



figura 2: lixo no mar


4 de nov. de 2009

Meu passeio a Ubatuba

Fotos tiradas por mim:


Aquário de Ubatuba



Tempo de cada lixo no mar



Doenças fibropapiloma



Porcentagem de lixo



Lixo comido pelas tartarugas

3 de nov. de 2009

Lixo importado para o Brasil

Destino dos dejetos é grande desafio ambiental


José Renato Salatiel*30/07/2009 - 21h20

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) protestou contra o envio de lixo tóxico ao Brasil
A descoberta de contêineres provenientes do Reino Unido, com 1.500 toneladas de lixo tóxico, nos portos de Santos (SP) e do Rio Grande do Sul, é apenas uma amostra de um dos maiores problemas enfrentados pelo mundo globalizado. O destino do lixo produzido pela sociedade tornou-se um negócio que movimenta bilhões de dólares e envolve desde empresas lícitas até o crime organizado. ( Ficha-resumo)


Lixo tóxico é todo tipo de material descartado que traz riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Por isso, precisa receber um tratamento adequado para ser jogado fora. Ele compreende desde pilhas, lâmpadas fluorescentes e remédios vencidos do lixo doméstico comum, até lixo hospitalar, industrial e nuclear.

O carregamento que chegou aos portos brasileiros estava "disfarçado" numa carga de lixo reciclável, que é aquele formado por materiais - como plástico, papelão, vidro e alumínio - que podem ser reutilizados pela indústria na fabricação de novos produtos. Autoridades investigam os responsáveis para saber se houve engano ou má-fé no envio dos contêineres.

O caso provocou indignação no Brasil. Porém, os comércios legal e clandestino de lixo funcionam há muitos anos, acumulando escândalos desde a década de 1980. O mercado internacional do lixo surgiu da necessidade de se depositar, em algum local, a imensa quantidade de lixo produzido pelos países ricos, bem como da demanda, pelo setor industrial, por materiais recicláveis.

Mesmo o lixo tóxico pode ser negociado, contanto que haja concordância entre os países envolvidos, o que não ocorreu no caso envolvendo Brasil e Reino Unido.

Desde o final dos anos de 1990 surgiram tratados e leis para regular as transações comerciais envolvendo lixo, de modo a impedir que países pobres se transformem nos depósitos dos países desenvolvidos. Mesmo assim, máfias que agem globalmente, como a napolitana Camorra, ganham dinheiro com atividades ilícitas que incluem o transporte e o descarte de lixo tóxico.

Reciclagem

Poucas pessoas sabem, mas o Brasil compra lixo, de forma lícita, para abastecer a indústria nacional. De acordo com reportagem publicada recentemente pelo jornal O Estado de São Paulo, o Brasil gastou, em um ano e meio, US$ 257,9 milhões (R$ 485,8 milhões) na importação de 223 mil toneladas de lixo "limpo" (papelão, plástico, alumínio etc.).

O motivo da importação é que o país recicla apenas 22% do seu lixo, por falta de coleta seletiva. Segundo dados de 2008 da ONG Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), apenas 7% dos municípios brasileiros possuem coleta seletiva, que atende a 14% da população (e desse total, quase metade reside na região Sudeste).

Enquanto isso, a indústria precisa de matéria-prima para produzir papel, roupas e embalagens. Assim, a solução é importar. Ou seja, comprar produtos como aquelas garrafas PET que poluem os rios e canais que cortam as cidades. Para se ter uma ideia da importância da reciclagem para a indústria, com a fibra reciclada de apenas duas garrafas PET é possível confeccionar uma camiseta.

O Reino Unido também compra lixo para atender o mercado interno, ao mesmo tempo em que exporta lixo tóxico para países que têm condições de fazer a reciclagem ou dar um destino mais adequado.

Para empresas, é mais barato enviar lixo tóxico para outro país do que investir em uma infra-estrutura própria - usinas para reciclar plástico, por exemplo - que atenda às exigências ambientais.

Por este motivo, um dos países que mais faturam com o lixo é a China. Os chineses compram toneladas de todo tipo de resíduo e usam mão-de-obra barata e disponível - que trabalha em condições muitas vezes degradantes - para extrair a matéria-prima que as empresas tanto precisam. O país é, atualmente, o maior processador do lixo ocidental, e ganha uma fortuna com esse serviço. Não é à toa que uma das mulheres mais ricas do mundo é a chinesa Yan Cheung, que atua no setor de reciclagem de papelão.

Outro destino comum do lixo tóxico produzido nos países ricos é a África, num comércio clandestino que conta com a falta de fiscalização ou mesmo a corrupção dos governos locais. O crime organizado também investe no negócio, tornando cada vez mais difícil separar o que é lícito e ilícito nesse comércio.

Para impedir o avanço do lixo nos bolsões de pobreza, em 1992 entrou em vigor a Convenção da Basileia, o principal tratado internacional de controle e regulamentação do comércio de lixo. O documento já foi assinado por mais de 50 países desenvolvidos, incluindo os países da União Europeia (UE). No entanto, os Estados Unidos, o maior mercado consumidor do mundo, até hoje não ratificaram o tratado. Lixo eletrônico Um dos tipos de lixo tóxico que mais são produzidos hoje no mundo é o chamado lixo eletrônico (em inglês, o e-waste). Lixo eletrônico é aquele gerado pelo descarte de televisores, computadores, celulares e outros aparelhos eletrônicos que contêm substâncias poluentes e que oferecem risco à saúde humana, como o chumbo, o mercúrio, o berílio e o cádmio. Menos de 10% desse lixo é reciclado.

A indústria eletrônica é uma das maiores do planeta. Como a demanda do mercado cresce a cada ano - e o tempo de vida útil dos produtos é cada vez mais reduzido -, há um aumento de lixo eletrônico. O que fazer com o computador obsoleto, o celular fora de moda ou o aparelho de TV velho?

Nos Estados Unidos, 80% do lixo eletrônico é enviado de navio para países asiáticos, como Índia e China. África e países da América Latina também são destinos comuns para materiais eletrônicos descartados. Em comunidades pobres, computadores de segunda mão são reutilizados, mas boa parte chega sem quaisquer condições de aproveitamento.

Na África, estima-se que mais de 75% do e-waste não é reaproveitado, sendo descartado ou queimado em condições inadequadas, contaminando o solo, a água e o ar. Computadores que são despejados nos lixos britânicos (responsáveis por 15% do e-waste europeu) acabam em favelas de países como a Nigéria, onde, depois de retiradas peças economicamente viáveis, viram verdadeiras "bombas químicas" na natureza.

Uma solução para esse problema seria obrigar as empresas a trocarem os componentes tóxicos dos produtos fabricados. Na União Europeia, foi aprovada uma lei que proibiu, a partir de julho de 2006, a venda nos países-membros de artigos eletrônicos que contenham substâncias nocivas à saúde.

Ainda assim, as companhias são relutantes em adotar medidas que previnam a poluição pelo lixo eletrônico. Os governos também falham na fiscalização e os consumidores nem sempre adotam os cuidados necessários na hora de se desfazer do monitor de computador ou do aparelho de ar condicionado velhos.

Num mundo globalizado, nações encontraram no livre comércio uma forma de lidar com o lixo produzido em massa. Mas negócios ilegais, envolvendo enormes quantias de dinheiro, ameaçam transformar países emergentes ou pobres em depósitos de lixo do mundo, afetando o meio ambiente. Por essa razão, há cada vez mais necessidade de tornar o mercado transparente e regularizado.

Direto ao ponto


O lixo tóxico britânico descoberto em contêineres nos portos de Santos (SP) e do Rio Grande do Sul é apenas uma parcela de todo o lixo que circula no mercado internacional (de forma legal, com o consentimento dos países, e também ilegal, com a participação do crime organizado).

Em sociedades de altos níveis de consumo, produz-se cada vez mais lixo. A indústria, por sua vez, precisa de matéria-prima para fabricar novos produtos. Por isso, o depósito e a reciclagem de lixo tornaram-se um negócio lucrativo.

Decisões

• A Convenção de Basileia, sancionada por mais de 50 nações, permite o comércio de lixo tóxico, desde que feito com a concordância e a fiscalização dos governos dos países envolvidos.

• A União Europeia proibiu a venda de produtos eletrônicos com componentes que contenham substâncias tóxicas, como chumbo e mercúrio.

• No caso do Brasil (onde apenas 7% dos municípios possuem coleta seletiva), uma solução seria ampliar as redes de coleta seletiva, o que poderia melhorar as condições do meio ambiente e a saúde pública – e também tornaria a indústria nacional autossustentável.

Saiba mais:
 
• Os bilhões perdidos no lixo (Humanitas FFLCH/USP): livro de Sabetai Calderoni que defende a viabilidade econômica da reciclagem do lixo no Brasil, que poderia trazer ganhos anuais de R$ 1,1 bilhão somente na cidade de São Paulo.


• A História das Coisas: documentário divertido - e alarmante - que, em vinte minutos, explica as consequências sociais e ambientais do lixo na moderna sociedade de consumo. Disponível em Videolog.

1 de nov. de 2009

Impacto do turismo

O impacto ambiental vai além da região da praia, ele é pequeno se comparado ao fenomeno turístico como o todo.
A atividade envolve desde ocupação imobiliária, a alteração e descaracterização da paisagem, o deslocamento das comunidades locais, aumento demográfico sazonal, e o consequente aumento na produção de lixo e esgoto, e outros aspectos, precisam ser levados em consideração quando avalia o impacto do turismo, tanto em áreas inexploradas, quanto em regiões turísticas tradicionais.

Curiosidades:

  • Um estudo feito pela Academia Nacional de Ciencias dos E.U.A estima que 14 bilhões de quilos de lixo são jogados nos oceanos todos os anos.
  • Os acidentes petroleiros, cerca de 3000 navios tem mias de 20 anos no fundo do mar.
  • Todos os anos, 600.000 toneladas de petroleo bruto são derramados no mar.
  • 90% dos lixões são de céu aberto, que contribuem a poluição de rios, lagos e mares.  
  • No Brasil, a cada ano são desperdiçado R$ 4,6 bilhoes, porque não se recicla tudo o que desperdiça.
  • A cidade de São Paulo produz mais de 12.000 toneladas de lixo por dia.
  • Um litro de óleo combustível usado pode contaminar 1.000.000 de litro de água.
  • A marinha brasileira estabelece punições pecuniária que vão de R$ 7 mil a R $ 50 milhões.
  • 90% de todo lixo flutuante nos oceanos são constituido de detritos de plástico.

Cores da reciclagem

Aprenda quais são as cores da reciclagem:

AMARELO: METAL
AZUL: PAPEL
CINZA: RESÍDUO NÃO RECICLAVÉIS
BRANCO: RESÍDUO HOSPITALARES
LARANJA: RESÍDUO PERIGOSO
MARROM: RESÍDUO ORGANICO
PRETO: MADEIRA
ROXO: RESÍDUO RADIOATIVO
VERDE: VIDRO
VERMELHO: PLÁSTICO